Conforme a Juíza, um ofício tratando do assunto foi enviado para a Seed em novembro do ano passado. Enviamos esse ofício com a finalidade de começar em Sergipe um movimento que Brasília já iniciou, com a inclusão dos temas relacionados aos direitos da mulher nos currículos das escolas públicas e privadas. É urgente essa mudança de mentalidade, baseada em relações livres de preconceito, machismo, sexismo, discriminação e violência. Sou professora desde 1986, inicialmente da rede estadual, depois da Universidade Federal de Sergipe(UFS) e, atualmente, da Escola da Magistratura do TJSE, e sei a importância da educação como instrumento de transformação da sociedade, ressaltou a Magistrada.
Também esteve na reunião a Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da OAB de Sergipe, Adélia Pessoa, que falou sobre a união de vários movimentos nesse pleito. Temos a Comissão da OAB, a Coordenadoria da Mulher do Tribunal, a Secretaria de Estado dos Direitos Humanos, a Secretaria de Estado de Políticas Públicas para as Mulheres. Ou seja, temos um ambiente que se propõe a pensar junto, enfatizou Adélia.
Segundo a Secretária adjunta do Estado dos Direitos Humanos, Selma Amorim, já existe uma parceria com a Seed. Levamos o tema direitos humanos para as escolas em quatro palestras nos meses de novembro e dezembro passados. Mas nossa preocupação é que isso seja normatizado através de Resolução e, assim, todas as escolas poderão trabalhar a transversalidade, opinou Selma.
A ideia foi compartilhada pela Secretária adjunta de Políticas para as Mulheres, Maria da Pureza Sobrinha. Sabemos que já existe uma preocupação do governo de trabalhar a transversalidade. Visitamos as escolas ministrando palestras sobre essa temática, completou Pureza. Mas para a Coordenadora da Mulher do TJSE, palestra é diferente de aula. É preciso que a formação seja continuada e, por isso, o tema deve ser incluído no currículo, sugeriu Rosa Geane.