No sábado, dia 02/11, o Tribunal de Justiça de Sergipe, por meio da Coordenadoria da Mulher, deu início ao projeto “O Amor Ensina”. Trata-se de uma ação em parceria com a Fertilitá Clínica de Fertilização, a qual oportuniza a mulheres em situação de violência doméstica e familiar e mulheres em vulnerabilidade social a oferta de exames de ultrassonografia forma gratuita.
“Nós fomos convidados pela Clínica Fertilitá para fazermos essa união de esforços no sentido de dar atendimento médico de excelência para mulheres em situação de vulnerabilidade social e em situação de violência. A intenção é fazermos com que essas mulheres sejam atendidas de forma plena, não só na parte psicológica, mas também na parte física, porque sabemos que, infelizmente, hoje, existem filas muito grandes para a realização de exames como ultrassonografia transvaginal e obstétrica, exames que serão fornecidos a elas gratuitamente”, explicou a juíza coordenadora da Mulher, Jumara Porto.
A Clínica Fertilitá realiza um curso de capacitação para médicos em ultrassonografia junto à empresa Caliper, sediada na Bahia. O fornecimento dos serviços gratuitos às mulheres está inserido na prática do curso.
“A Fertilitá e a Caliper estão promovendo uma formação técnica para os médicos em ultrassom. Ao mesmo tempo, nós queríamos juntar essa formação técnica em ultrassom com pacientes que se beneficiassem com esta ação. Então, nós pensamos em convidar mulheres em vulnerabilidade e por isso nos unimos à Coordenadoria da Mulher, porque nada melhor para reestruturar o bem-estar dessas pacientes do que começar pelo bem-estar físico. Assim, ajudamos elas a estarem fortalecida, se amarem mais e se recuperarem de forma melhor”, destacou a médica ginecologista Andrea Pinheiro Telles.
A autônoma Lidiane Herculano está em atendimento no Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram) de Propriá e disse que há mais de 15 anos não realizava um exame de ultrassonografia transvaginal. “Para mim foi uma surpresa ser convidada para esta ação porque eu estou há tanto tempo sem fazer esse exame, por isso eu agradeço a todos que estão envolvidos na melhora do nosso bem-estar, desde o atendimento no Cram a essas ações porque têm sido essenciais para o meu processo de cura”, avaliou.
A jovem de 24 anos Lívia Mariana reside no bairro Santa Maria e também foi atendida na clínica por meio do projeto da Coordenadoria da Mulher. Grávida de 8 meses, ela somente tinha feito uma única ultrassonografia obstétrica durante toda a gestação. “Uma oportunidade maravilhosa porque a gente não tem condições financeiras de manter o exame regular e ver como está o bebê, seu estado de saúde e eu só tenho de agradecer”, disse Lívia.
O projeto teve início no fim de semana com o atendimento no sábado e no domingo de 30 mulheres. O objetivo é que mensalmente sejam atendidas outras mulheres com a realização de exames de ultrassonografia.
Texto/matéria: Dircom TJSE
Fotografia: Manuela Goes Dircom TJSE